09/11/2022

Logística reversa: entenda como o conceito se aplica a produtos de limpeza

Um dos grandes desafios que enfrentamos atualmente é a necessidade de reduzir o volume de resíduos gerados pelas nossas atividades do dia a dia. E por que isso é tão difícil de colocar em prática? A principal razão está no estilo de vida moderno, que incentiva o consumo e o descarte frequente. Não tem uma matemática simples para resolver isso, mas algumas práticas são essenciais. Uma delas é a logística reversa.  

É claro que apenas a logística reversa não é suficiente, já que estamos falando de uma solução pós-consumo, ou seja, de destinação de resíduos. Mas esse conceito prioriza a reinserção de materiais em ciclos produtivos por meio da reciclagem, logo, ajuda a reduzir o descarte final em aterros sanitários. 

Não dá para negar que precisamos buscar meios de aplicar a logística reversa. Mas como isso funciona para produtos de limpeza? É isso que vamos responder neste artigo. Siga a leitura e fique por dentro desse tema tão importante!

O que é logística reversa?

Se você chegou a este texto sem saber o que é logística reversa, não se preocupe! Vamos começar pela introdução ao tema. De forma resumida, essa é uma das estratégias utilizadas para gestão de resíduos sólidos com o objetivo de diminuir ao máximo os impactos causados pelo descarte inadequado. 

O conceito de logística reversa propõe que as empresas façam a coleta dos resíduos gerados após o consumo dos seus produtos e viabilizem o reaproveitamento dos materiais no seu próprio ou em outro ciclo produtivo. Caso isso não seja possível, deve ser feita a destinação final ambientalmente adequada para cada tipo de resíduo. 

O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO SOBRE LOGÍSTICA REVERSA

A logística reversa passou a ser debatida de forma mais ampla e aprofundada no Brasil a partir de 2010, quando houve a publicação da Lei n° 12.305/10, conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Essa é a principal legislação vigente no Brasil com normas referentes à gestão de resíduos sólidos. São as diretrizes dessa lei que devem nortear a tomada de decisão em relação ao tema em todo o país.

Uma das novidades trazidas pela PNRS foi o conceito de responsabilidade compartilhada, que divide as atribuições pela gestão de resíduos sólidos entre cidadãos, empresas (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes) e poder público. Isso quer dizer que todos devem fazer a sua parte para reduzir o volume de resíduos gerados e atenuar os impactos à saúde humana e ao meio ambiente durante todo o ciclo de vida de um produto. Ou seja, desde a concepção até o pós-consumo.

Esse princípio da lei justifica a prática da logística reversa. Em alguns segmentos, as empresas são obrigadas a manter um sistema de retorno de embalagens, mas não é o caso do mercado de limpeza. Nesses produtos, são usadas embalagens gerais feitas de plástico, papel, metal, vidro ou madeira. Para esse tipo de material, as empresas não precisam receber as embalagens de volta, mas devem contribuir para a redução e o reaproveitamento de resíduos.

Nesse sentido, as empresas podem investir em estratégias que reduzam a quantidade de embalagens, dar preferência a materiais reciclados e recicláveis, além de facilitar a desmontagem e o reaproveitamento, se essa opção for indicada. Atenção a esse último detalhe, já que não se recomenda reutilizar embalagens de produtos de limpeza convencionais.

Desafios da logística reversa de produtos de limpeza

Quando falamos sobre gestão de resíduos sólidos, principalmente em um país com as dimensões do Brasil, as soluções nunca são tão simples como podem parecer. Existem muitos fatores que influenciam na execução de ações de logística reversa. Vamos nos concentrar nas embalagens de produtos de limpeza para esclarecer alguns pontos.

Uma empresa de atuação nacional, como a Garoa, precisaria implementar uma logística de alto custo para receber de volta as embalagens dos produtos vendidos por meio da loja on-line e das lojas físicas parceiras. Mais do que o custo financeiro, que já seria suficiente para inviabilizar esse tipo de ação, essa alternativa também gera um grande impacto ambiental de transporte. 

Então, qual seria a opção mais efetiva? Investir em cooperativas locais de reciclagem para que esses locais possam receber as embalagens e auxiliar na reintrodução dos materiais em novos ciclos produtivos. 

NORMAS DA ANVISA PARA EMBALAGENS DE PRODUTOS SANEANTES

Outra questão que impacta na logística reversa de produtos de limpeza são as normas da Anvisa associadas a embalagens de saneantes. É importante considerar que as regulamentações estabelecidas pelo órgão são decididas com base na química da limpeza convencional, que utiliza componentes com potencial risco à saúde das pessoas. É por essa razão que os produtos de limpeza devem ser comercializados apenas na embalagem original e lacrada, o que exclui a possibilidade de vendas a granel. 

A Anvisa normatiza como deve ser feita a rotulagem de produtos classificados como saneantes. Essa padronização tem o intuito de trazer informações essenciais ao consumidor, como composição, modo de uso, orientações de segurança, lote e validade. Também deve aparecer na embalagem o número de registro ou notificação do produto na Anvisa, que comprova a liberação para venda. Todos esses detalhes dificultam a reutilização de frascos e outros recipientes. 

O que a Garoa faz para reduzir o impacto dos resíduos 

É possível seguir as orientações dos órgãos regulamentadores e, ainda assim, buscar meios de reduzir o volume de resíduos gerados pelo uso de produtos de limpeza. Uma das estratégias utilizadas pela Garoa é o desenvolvimento de produtos concentrados, que oferecem duas vantagens: menor utilização de embalagens, já que a diluição é feita na hora do uso, e alto rendimento, diminuindo a frequência de consumo.

Além disso, todos os frascos dos nossos produtos são feitos de material reciclado e reciclável. Acreditamos no papel fundamental das cooperativas locais de catadores e é por isso que estamos sempre em busca de apoiar iniciativas que fortaleçam esse elo da cadeia de reciclagem. 

Nos envios das compras feitas na nossa loja virtual, não adicionamos nenhum plástico na caixa, nem qualquer material desnecessário. Apenas o essencial: produtos da Garoa e nota fiscal. 

Temos ainda muitas ideias para colocar em prática! E estamos disponíveis para ouvir sugestões e melhorar nossos processos. Entenda mais de como a Garoa se posiciona para cuidar das pessoas, dos animais e do Planeta!

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